Sustentabilidade
Há menos de uma década, o conceito de sustentabilidade baseava-se apenas na questão ambiental. Com o passar dos anos, a ONU – Organização das Nações Unidas o redefiniu: “O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.”
Para que uma organização se mantenha concreta em um mercado competitivo, como é o da construção pesada-infraestrutura, é preciso repensar o modelo de negócio e se adaptar à nova realidade: conduzir todos os processos em harmonia entre meio ambiente e sociedade. É um trabalho de longo prazo.
O Pacto Global das Nações Unidas afirma que a sustentabilidade corporativa começa com o sistema de valores de uma empresa e uma abordagem baseada em princípios para fazer negócios. Isso significa atender, no mínimo, aos fundamentos de responsabilidades nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Empresas responsáveis divulgam os mesmos valores e princípios onde quer que estejam e sabem que as boas práticas em uma área não compensam os danos em outra.
Outro ponto extremamente importante é a integridade, que é palavra de ordem para a construção civil brasileira. Em sintonia com a implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, o Pacto Global das Nações Unidas elaborou 10 Princípios para encorajar empresas e organizações a promover e respeitar os direitos humanos, os direitos do trabalho, a proteção ambiental e o combate à corrupção com ferramentas e estratégias de compliance, boa governança e transparência.
O Pacto Global criou o Guia de Sustentabilidade Empresarial: Criando um Futuro Sustentável, com cinco principais características da responsabilidade corporativa. São eles:
1) Ter uma atuação baseada em princípios universais - é importante que uma organização tenha integridade, respeitando: direitos humanos, meio ambiente e combate à corrupção, com efetiva e correta governança corporativa.
2) Fortalecimento da sociedade – uma corporação precisa combater a pobreza, a escassez de recursos, os conflitos e a força de trabalho em instrução. Estes temas passam a ser estratégicos para a empresa. Empresas não podem prosperar quando o mundo ao seu redor está se deteriorando.
3) Comprometer-se com a sustentabilidade, em todas as posições – inclusive com a participação e reconhecimento dos líderes de que ações sustentáveis devem ser incorporadas no dia a dia da empresa, não apenas com atividades isoladas.
4) Publicar relatórios anuais – mostrar o que está sendo feito e ser exemplo para demais players; fornecer a interessados um relato de seus esforços para operar com responsabilidade e apoiar a sociedade.
5) Incentivar o envolvimento com as comunidades locais – contribuir com a qualidade de vida da população, desde a geração de empregos até ações de capacitação, cultura, saúde e educação.
O SINICON, para apoiar e manter as empresas engajadas, no que tange à sustentabilidade, desenvolve as seguintes ações:
- Associado ao Instituto Ethos: Instituto Ethos e a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, em parceria com empresas e entidades setoriais de engenharia e construção, uniram esforços em uma ação coletiva para a criação do Movimento pela Integridade do Setor de Engenharia e Construção (MISEC). O SINICON faz parte e incentiva suas associadas a participar deste movimento.
1 - Conselho de ética:
2 – Meio ambiente
Há uma necessidade iminente de equilibrar a atividade produtiva e lucrativa com o desenvolvimento sustentável consciente. O conceito de construção sustentável é baseado em cinco princípios:
a) Projetos Inteligentes
b) Redução da Poluição
c) Materiais Ecológicos
d) Eficiência Energética
e) Aproveitamento da Água
O setor da construção é fundamental no desenvolvimento de uma nação, porém é um grande consumidor de recursos naturais e emissor de poluentes, como o gás carbônico. O foco do SINICON está em desenhar estratégias e apoiar iniciativas que visem a redução do consumo de recursos naturais, como água e energia; o correto gerenciamento dos resíduos e diminuição da emissão de CO2.
3) Inclusão de PCDs
Empregar pessoas com deficiência (PCD) faz parte do processo de sustentabilidade. É prioritário, para se ter um mundo mais justo e igualitário. A responsabilidade perante a estas pessoas não é apenas da família, mas da sociedade como um todo, incluindo as empresas. Apesar da dificuldade em contratar PCD, para o trabalho na construção pesada-infraestrutura, o SINICON incentiva, dentro da medida do possível, que estes profissionais sejam contratados, de acordo com sua capacidade técnica.
4) Mulheres na Construção
De acordo com o IBGE, entre 2007 e 2018 o número de mulheres nos canteiros de obras aumentou 120%, passando de 109.006 trabalhadoras registradas para 239.242.
Apesar do crescente número de mulheres, na indústria da construção, o setor ainda encontra barreiras para contratação destas profissionais. Para tanto, o SINICON apoia ações que dizem respeito à esta questão.
O SINICON defende que, uma empresa sustentável, precisa estar lastreada em quatro pilares fundamentais: ambiental, social, econômico e institucional.
Apesar de não ser signatário dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 (ODS2030 http://www.agenda2030.com.br/ ), o sindicato entende que, se as empresas desenvolverem ao menos um dos objetivos, já estará trabalhando para um mundo melhor e mais justo.
No século XXI, empresas que não estão preocupadas com a sustentabilidade, perdem espaço e não são vistas com bons olhos, pela sociedade.